Tudo sobre o Candida auris. Foto: divulgação
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ALERTA: Candida auris, nova praga com casos aqui no Brasil deixa os EUA em PÂNICO

Brasileiros devem tomar muito cuidado com a Candida auris, já que a doença acaba de ser observada em nosso país! Saiba tudo sobre esse organismo.

Candida auris, um microrganismo que causa uma doença extremamente grave, acaba de ser identificado no Brasil. Em março deste ano, o micróbio já havia resultado em um alerta geral para os hospitais dos Estados Unidos, causando caos no sistema de saúde do país. A chegada do microrganismo em nosso país, definitivamente, é uma má notícia. Afinal de contas, de 30% a 60% das pessoas infectadas pelo micróbio acabam morrendo.

Ou seja: o Candida auris é um microrganismo de alta periculosidade, principalmente entre pessoas mais velhas e indivíduos com comorbidades e problemas no sistema imunológico. Com a volta do micróbio ao Brasil, surgem muitas dúvidas: quais efeitos ele causa? Quais são os sintomas de sua doença? E, ainda mais importante: como o Candida auris é transmitido? Mostramos abaixo tudo que você precisa saber sobre o tema!

Candida auris se alastra pelos Estados Unidos

Visto como um dos microrganismos mais perigosos do mundo, o Candida auris é um fungo mortal que, no início de 2023, foi classificado como “ameaça urgente à saúde pública” pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).

De acordo com um alerta emitido pela entidade, o fungo se espalhou sob “taxas alarmantes” durante e depois da pandemia de Covid-19.

O “superfungo” Candida auris foi observado pela primeira vez também nos Estados Unidos, em 2016, surgindo primordialmente em estados como Nova York e Illinois. Já em 2021, os braços estaduais do CDC notaram 1,4 mil casos clínicos de infecções pelo fungo – um aumento de cerca de 200% em relação aos 500 casos que aconteceram em 2019.

A partir daí, a infecção passou a se espalhar por todos os Estados Unidos, atingindo algumas das unidades federativas mais populosas do país. Em 2023, o Candida auris chegou também ao Brasil, acendendo um sinal de alerta no Ministério da Saúde.

Superfungo acaba de chegar ao Brasil

Na última segunda-feira (22 de maio), o superfungo Candida Auris foi observado no Brasil. Dois casos de infecção pelo microrganismo aconteceram em pacientes internados em Pernambuco, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Estado.

Pelo fato do micróbio ser resistente a medicamentos comuns, e apresentar uma alta taxa de letalidade (entre 30% e 60%), a identificação do fungo deixou a comunidade médica em polvorosa.

“Em 11/05/2023 a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) recebeu a notificação de caso confirmado laboratorialmente para Candida auris (C. auris) em um paciente internado no hospital Miguel Arraes localizado em Paulista-PE. Em 14/05 outro paciente foi confirmado no Hospital Tricentenário, em Olinda. Ambos são do sexo masculino com idades de 48 e 77 anos, respectivamente, internados nestas unidades devido a outras motivações”, afirma a nota técnica emitida pela Secretaria de Saúde.

Devido à identificação do micróbio, o Hospital Miguel Arraes suspendeu novos atendimentos com o objetivo de impedir a disseminação do fungo, de acordo com Karla Baêta, a diretora-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária.

“No caso do Miguel Arraes, como esse paciente passou por várias áreas do hospital, até que dê as três amostras negativas, nenhum paciente está sendo submetido. No caso do Tricentenário, como foi possível isolar apenas a área onde ele circulou, pacientes estão ainda sendo referenciados”, disse a especialista em uma entrevista à Rede Globo.

Por que o Candida auris é tão perigoso?

O maior surto de Candida auris da história do Brasil, ocorrido entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022, também aconteceu em Pernambuco. De acordo com um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 48 casos de infecção pelo micróbio foram identificados neste período.

“O Candida Auris representa uma grave ameaça à saúde global. Algumas cepas são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos e sua identificação requer métodos laboratoriais específicos, uma vez que C. auris pode ser facilmente confundida com outras espécies”, disse a Agência Nacional de Vigilância Sanitária na época do surto.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, 3 características tornam o fungo extremamente perigoso. São elas:

  • Multirresistência: Os antifúngicos tradicionais que são utilizados para o tratamento de infecções por fungos não funcionam com o Candida, já que algumas cepas resistem à todas as 3 principais classes desses medicamentos;
  • Dificuldade de diagnóstico: Sem tecnologia específica, os laboratórios padrão não conseguem identificar o Candida auris, o que também leva a diagnósticos errôneos e tratamentos incorretos;
  • Disseminação: O fungo é disseminado, principalmente, em hospitais, podendo piorar a situação de pacientes que já estão com a saúde fragilizada.

Quais são os sintomas da infecção?

Embora tenha um nome muito parecido com o do Candida albicans (o fungo que causa a candidíase), o Candida auris se destaca por ocasionar uma doença bem mais grave, que leva à morte de 30% a 60% dos pacientes infectados.

Nesse sentido, quais são os principais sintomas da infecção pelo superfungo? Mostramos abaixo a lista completa; veja:

  • Febre;
  • Tontura;
  • Alteração da pressão arterial;
  • Dificuldade para respirar;
  • Aceleração do ritmo cardíaco.

Em casos mais raros, os pacientes também podem sofrer com infecções urinárias, dores na bexiga e inflamações no sistema respiratório.

Como o Candida auris é transmitido?

Por último, temos a dúvida mais importante dos brasileiros: afinal de contas, como o fungo Candida Auris é transmitido? E como se proteger dele?

Infelizmente, não podemos citar uma resposta sólida para esse questionamento! Como o micróbio ainda é uma relativa novidade para a comunidade médica, seu método de transmissão ainda é relativamente desconhecido.

“O mecanismo de transmissão da C. auris dentro dos serviços de saúde ainda não é totalmente conhecido. No entanto, evidências iniciais sugerem que ela se dissemina no serviço de saúde por contato com superfícies ou equipamentos contaminados de quartos de pacientes colonizados/infectados, sendo, portanto, fundamental reforçar as medidas de prevenção e controle com ênfase na higiene das mãos e limpeza e desinfecção do ambiente e equipamentos”, diz a nota oficial da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco.

Logo, para se proteger do Candida auris, a melhor alternativa é tomar os mesmos cuidados que servem para a prevenção de outras doenças – como lavar as mãos com frequência, ficar longe de pessoas doentes e ficar atento à higiene.

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