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Em áudio, comerciante fala que ex mandou criminosos espancá-lo; ouça

Comerciante que morreu no Guarujá havia sido agredido pelo mesmo grupo dois dias antes da 1ª agressão; ouça áudio com relato da vítima

São Paulo – Em um áudio enviado a uma parente em Pernambuco na semana passada, o comerciante Osil Vicente Guedes, de 49 anos, conta que a ex-mulher, a psicóloga Vanessa Regina Benedito de Almeida, foi a mandante da sessão de espancamento que ele sofreu. A agressão aconteceu no bairro Vicente de Carvalho, no Guarujá, na última terça-feira (2/5). Dois dias depois, quando Osil voltou ao bairro para conversar com a ex, foi agredido novamente pelo mesmo grupo. Levado ao hospital, o comerciante não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (7/5).

 

“Ela te contou que ela chamou três traficantes para me espancar? O cunhado dela e mais dois, mais dois bandidos perigosos?”, pergunta Osil à sua parente. A ligação aconteceu após ele ter sofrido a primeira agressão, no dia 2. Na ocasião, o grupo teria quebrado a moto de Osil. Ao saber do ocorrido, um irmão do comerciante foi socorrê-lo.

De acordo com registros da PM, Vanessa ligou para a polícia no dia 2 pedindo ajuda, pois teria recebido ameaças e sofrido agressões do ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento. A PM foi ao local, mas Osil já tinha deixado o local. Foi após deixar a casa de Vanessa que o comerciante foi atacado pelo grupo pela primeira vez.

Ainda abalado emocionalmente, Osil decidiu procurar Vanessa novamente dois dias depois. Na quinta-feira (4/5), ele voltou ao bairro Vicente de Carvalho e chamou pela ex-mulher, que não o atendeu. Ao sair do local, foi emboscado por quatro homens e brutalmente espancado, inclusive com pedaços de pau e com um capacete. Ele ficou três dias internado no Hospital Santo Amaro. Sua morte encefálica foi confirmada no domingo (7/5).

Quando Osil ainda estava internado, veio à tona a versão de que ele teria sido vítima de fake news. A informação era que ele tinha sido confundido com um ladrão de moto, mas a suspeita é de que essa versão foi criada pelo próprio grupo de agressores e se espalhou pela cidade.

 

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