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Condenado por lavagem de dinheiro tenta coagir Judiciário baiano

Como tem sido frequente nos últimos meses, às vésperas de um julgamento envolvendo as empresas Val do Formoso e a AMC Agropastoril, uma reportagem na imprensa nacional atende aos interesses de um empresário condenado pela Justiça e tenta intimidar o Judiciário baiano.

Ajax Augusto Mendes Correa Júnior, dono da AMC Agropastoril e condenado pela Justiça Federal no Rio de Janeiro por lavagem de dinheiro e fraude de imóveis rurais, tenta se apropriar de área de 13.880 hectares no oeste da Bahia. Na terça-feira, dia 27 de junho, está marcado o julgamento de mais um Recurso Processual envolvendo a disputa entre a AMC Agropastoril e a Val do Formoso, do empresário Nestor Hermes.

Não foi surpresa que, neste final de semana, uma matéria publicada na Folha de S.Paulo atacou Nestor Hermes, mesmo os advogados do empresário tendo apresentado uma grande quantidade de provas que derrubam as acusações contra ele. O empresário é acusado, sem provas, de ameaça e irregularidades ambientais e trabalhistas.

O próprio jornal, após publicar as acusações, admite que não há contra Nestor Hermes nenhuma condenação em relação a ameaças em qualquer cidade da Bahia. A defesa do empresário também esclarece que nunca foi apresentado um vídeo, foto ou qualquer tipo de prova de que Hermes tenha ameaçado ou tentado coagir quem quer que seja. A TARDE apurou que os advogados entregaram a Folha de S.Paulo certidões de “nada consta” contra Nestor Hermes da primeira e da segunda instância do Judiciário baiano, bem como certidões das delegacias de polícia dos Municípios de Cocos, Jaborandi e Coribe onde tramitam os processos em que o Néstor Hermes é parte.

Quanto à menção feita pelo jornal sobre irregularidades trabalhistas supostamente ocorridas décadas atrás, os advogados de Hermes apresentaram sentença homologatória de acordo rebatendo todas as acusações contra o empresário. Hermes também recorre de multas ambientais.

A matéria da Folha de S.Paulo foi publicada neste sábado, 24 de junho, dois dias antes do julgamento de embargos declaratórios que envolvem uma disputa fundiária entre as empresas AMC Agropastoril, de Ajax Correa Junior, e a Val do Formoso, de Nestor Hermes.

Como A TARDE havia alertado semanas atrás, essa é uma estratégia de Ajax para tentar amedrontar magistrados baianos que julgam casos em que ele é parte. Em outubro, tão logo foi aberto o processo envolvendo as empresas AMC Agropastoril e Val do Formoso, uma matéria no site da revista Veja atacou, sem provas, Nestor Hermes.

Nenhuma das publicações, Veja ou Folha de S.Paulo, se dedicaram a explicar quem é Ajax Augusto Mendes Correa Júnior. O dono da AMC Agropastoril, segundo a Justiça Federal do Rio de Janeiro, foi condenado no processo 0805843-89.2010.4.02.5101/RJ, por ter fraudado transações imobiliárias para obter crédito de quase 2 milhões de reais, conforme sentença a qual A TARDE teve acesso.

Ajax Correia Júnior, segundo o processo do Rio de Janeiro, teria agido com a participação do suíço naturalizado brasileiro Mike Niggli, acusado de fraude internacional por golpes de US$ 80 milhões (aproximadamente R$ 450milhões pelo câmbio atual) no mercado suíço. Segundo matéria publicada na época, “Niggli foi preso para extradição, em 2004, pela chefia da Interpol no Rio, que integra a Polícia Federal. Em novembro de 2006, obteve no STF (Supremo Tribunal Federal) direito à prisão domiciliar”.

Ainda na reportagem, a Interpol afirmou, à época, que o “sumiço foi três meses depois de o governo brasileiro cancelar seu processo de naturalização”.

Fonte: Portal a Tarde

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