O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo abriu uma investigação contra a Google, dona do YouTube, e a Meta, dona do Facebook, para apurar como as plataformas combatem publicações com discurso de ódio contra as mulheres. A decisão foi assinada no último dia 12.
O inquérito foi aberto após uma apuração preliminar no ano passado envolvendo discursos de ódio propagados em publicações no YouTube e no Facebook. Um dos casos analisou publicações do influenciador digital Thiago Schoba, conhecido como “Thiago Schutz, coach de masculinidade”. As informações são da coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Até o ano passado, Schutz era réu por ameaça e violência psicológica contra mulheres na Justiça paulista. Em novembro, o processo foi suspenso e, desde então, Schutz precisa se apresentar à Justiça periodicamente. Schutz havia enviado a seguinte mensagem à atriz Lívia La Gatto, que satirizou o influenciador: “Processo ou bala, você escolhe”. Segundo o coach, ele foi “mal interpretado”.
Procurada, a Meta afirmou: “A Meta não permite discurso de ódio em suas plataformas e os Padrões da Comunidade proíbem qualquer conteúdo que ataque pessoas com base em suas características. Isso inclui etnia, nacionalidade, religião ou orientação sexual, classe social, gênero, identidade de gênero, doença ou deficiência”. A empresa acrescentou que revista o conteúdo por meio da inteligência artificial e de funcionários, e que incentiva denúncias a conteúdos impróprios.
Procurada, a Google não respondeu.