Foto: Reprodução UFRB
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Expedição científica desvenda os segredos da fauna do Parque Estadual Morro do Chapéu

Na imensidão da Bahia, um projeto inovador da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) vem iluminando os mistérios da biodiversidade do Parque Estadual Morro do Chapéu (PEMC) e seu entorno. Com uma equipe multidisciplinar formada por pesquisadores, estudantes e biólogos parceiros, o inventário pioneiro dos mamíferos de médio e grande porte nesta Unidade de Conservação de Proteção Integral revela a riqueza e os desafios enfrentados pela fauna local.

O PEMC, com seus 46 mil hectares, faz parte da exuberante Chapada Diamantina, localizando-se a 384 km da capital Salvador. Este paraíso biológico abriga uma diversidade de ambientes como Caatinga, Cerrado e Campo Rupestre, cada um com suas espécies de animais e vegetais, algumas ameaçadas de extinção como o beija-flor-gravatinha-vermelha, relíquia dos campos rupestres da região.

Dedicando-se a uma ciência cidadã e aplicada, a equipe do projeto, sob a coordenação dos professores Gustavo Luis Schacht e Vanderlei da Conceição Veloso Júnior, utilizou tecnologias inovadoras como as câmeras trap para capturar imagens da vida selvagem, complementando a pesquisa com entrevistas com a comunidade local e a análise de vestígios da presença de animais.

O esforço coletivo resultou na identificação de 28 espécies de animais, dentre eles o Veado-Catingueiro, a Jaguatirica, o Tatu-bola e o Gato-do-mato-pequeno, este último e o Tatu-bola em especial são destacados pela sua condição de risco de extinção. Uma curiosidade intrigante descoberta foi a variação na morfologia dos chifres do Veado-Catingueiro, sugerindo um novo caminho de investigação científica.

Este trabalho não apenas enriquece o conhecimento sobre a biodiversidade local mas também chama a atenção para a necessidade urgente de conservação. A presença de caçadores na região reforça a importância de projetos como este na promoção da educação ambiental e no desenvolvimento de estratégias de conservação eficazes.

O projeto foi capaz de angariar apoio de diversas instituições, dentre elas o Ministério Público da Bahia, a Prefeitura de Morro do Chapéu, o INEMA, além de organizações não governamentais comprometidas com a preservação ambiental. O envolvimento destas entidades evidencia o papel crucial de parcerias no avanço da pesquisa e da conservação da natureza.

À medida que avança do inventário para o monitoramento continuado, o projeto visa compreender melhor a dinâmica da fauna local frente aos desafios impostos por atividades humanas, como a expansão da energia eólica. Este é um exemplo pungente de como a ciência, quando aliada ao engajamento comunitário e institucional, pode desempenhar um papel transformador na maneira como interagimos e protegemos nossos ecossistemas.

O Parque Estadual Morro do Chapéu, peça chave neste cenário, não é apenas um santuário biológico, mas também um espaço de valor histórico e cultural, abrigando importantes sítios arqueológicos. A conservação desta unidade é, portanto, multifacetada, abrangendo desde a preservação da biodiversidade até a manutenção do patrimônio histórico e cultural da Bahia.

Este trabalho vanguardista da UFRB ressalta o poder da pesquisa científica aplicada e da colaboração interinstitucional na promoção da sustentabilidade ambiental e na construção de um futuro no qual a humanidade coexista harmoniosamente com a natureza.

Fonte: Redação com Informações da UFRB

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