Soteropolitanos correram atrás de medicamentos para aliviar sintomas de virose
Coriza, garganta inflamada, febre e dor no corpo. Esses são os sintomas citados pelos soteropolitanos que chegam aos balcões de farmácias desde o fim do Carnaval. Não à toa, esses mesmos clientes têm saído, principalmente, com antigripais e anti-inflamatórios nas sacolas. De acordo com farmacêuticos, antes mesmo do fim da folia, os dois tipos de medicamentos estavam entre os mais procurados. A partir da Quarta-Feira de Cinzas, então, a busca chegou a crescer em até 75% em algumas farmácias espalhadas pela capital.
Uma profissional, que prefere não se identificar, afirma que o comportamento é observado, sobretudo, entre os jovens. “Quando é essa galera entre 20 e 30 anos entrando, suspeitamos qual vai ser o medicamento pedido: Benegrip, Nimesulida e outros medicamentos com o mesmo efeito são os que mais saíram nesse pós-Carnaval. Se entravam 20 pessoas atrás desses remédios antes do Carnaval, agora, são pelo menos 35, como foi hoje”, fala a farmacêutica, se referindo ao fluxo de vendas de uma farmácia localizada no centro da cidade.
Em outro estabelecimento, inclusive, o anti-inflamatório teve o pedido de uma nova remessa de caixas requisitado. “De ontem [Quarta-Feira de Cinzas] para hoje, já foi mais da metade do que tínhamos em estoque. Pelo jeito que está, amanhã, acabaremos perdendo as vendas por conta da falta do remédio. Assim que percebemos, fizemos um novo pedido até para não deixar os clientes sem um medicamento necessário para aliviar os sintomas”, conta outra farmacêutica, que terá sua identidade preservada.
Um exemplo de alguém que precisou correr para as farmácias é a bióloga Lainne Azevedo, 25 anos, que começou a ter os sintomas no meio da folia. “Eu saí quatro dias de Carnaval e comecei a sentir os sintomas na Avenida mesmo, espirrando muito no domingo. No início, até achei que era alergia, mas, quando eu cheguei em casa, comecei a sentir calafrios e passei a noite toda queimando de febre. Isso foi no começo porque também tive coriza e tosse constantes depois”, detalha.
A bióloga também comprou em farmácia antigripais e anti-inflamatórios. Como está tomando medicamentos desde segunda-feira, afirma estar melhorando. “Comprei um Benegrip e também Dipirona. Já estou melhor porque me alimentei muito bem no Carnaval, me hidratei e não bebi muito. Agora, sinto que estou me recuperando”, relata.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que não há registro de aumento de notificações por sintomas gripais nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na última semana. A pasta diz que acompanha o cenário epidemiológico na cidade e oferta o atendimento de urgência e emergência em 16 UPAs.
O Correio