Cerca de US$ 10 mil foram encontrados em uma mala - Reprodução e Getty Images
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Policial aposentado envia US$ 10 mil por engano junto com doação ao RS: ‘Lei do retorno’

Dono do dinheiro foi identificado e receberá montante de volta. Ele contou ao g1 que se sensibilizou com a situação do estado e vai doar parte do valor às vítimas

Uma mala contendo US$ 10 mil (aproximadamente R$ 53,8 mil) foi encontrada entre as doações destinadas às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. O dinheiro estava dentro de uma bolsa vermelha que chegou em um caminhão vindo de Santos, no litoral de São Paulo, com destino a Pelotas, na Região Sul do RS.

Durante a triagem dos donativos, uma assessora do deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB-RS) — que liderou a campanha de arrecadação para o município — encontrou cartas, fotografias e outras lembranças de um homem chamado Mário Cassiano DutraAo procurar mais informações para devolver os itens pessoais, a assessora encontrou os dólares no fundo da mala.

Não tivemos dúvida sobre o que fazer: encontrar o dono desse dinheiro. E encontramos. Já entramos em contato com ele e estamos devolvendo o dinheiro ao verdadeiro proprietário”, afirmou o deputado.

O dono dos dólares, um policial federal aposentado de 77 anos, contou ao G1 que economizou o dinheiro por mais de uma década para uma viagem à Europa após a aposentadoria, mas que nunca aconteceu. “Como a oportunidade não surgiu, eu acabei esquecendo”, disse Dutra.

“Se esses documentos não estivessem na sacola, jamais teriam me encontrado. Fiquei comovido, acho que é a lei do retorno”, comentou o aposentado sobre ser contatado para recuperar o dinheiro.

O que fazer agora?

Dutra explicou que não tem familiares no RS, mas que se sensibilizou com a situação do estado ao acompanhar as notícias. As enchentes resultaram em mais de 170 mortes e cerca de 600 mil pessoas desalojadas.

Foi essa comoção que o motivou a doar algumas roupas. Como a sacola que separou não comportava tudo, ele acabou usando a bolsa com seus pertences pessoais esquecidos para acomodar o restante.

“Fiquei comovido, porque sou um ser humano também. Pensei: tenho que fazer algo, mesmo que pequeno, para amenizar o sofrimento alheio”, refletiu.

O aposentado disse que os dólares já têm destino: uma parte será doada às pessoas afetadas pela enchente histórica no RS, e a outra será usada para “curtir o resto da vida”.

O que a gente planta, a gente colhe”, finalizou.

*Sob supervisão;

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