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Fogueiras e fogos de artifício podem agravar doenças respiratórias

Especialista dá dicas de como se proteger durante o São João

As tradicionais festas de São João são muito aguardadas em Salvador e no interior da Bahia, mas as comemorações, em que as fogueiras são protagonistas, podem representar riscos para pessoas com doenças respiratórias. De acordo com a pneumologista Juliane Penalva, em entrevista ao portal A TARDE, a fumaça das fogueiras e os fogos de artifício representam um risco por vários motivos, principalmente devido aos poluentes que liberam no ar.

“A inalação de partículas microscópicas existentes na fumaça e substâncias químicas e irritantes pode levar ao agravamento dos sintomas respiratórios, principalmente para aqueles que já tem alguma doença respiratória como enfisema pulmonar, asma, tabagismo, fibrose pulmonar”, ressalta a coordenadora de pneumologia do Hospital da Bahia e pneumologista da clínica AMO.

Principais sintomas:

Segundo a médica, os principais sinais de alerta de uma crise respiratória provocada por essa exposição a fumaça são:

  • crise de tosse;
  • falta de ar;
  • cansaço;
  • chiado no peito;
  • queda de oxigenação;
  • coceira e vermelhidão nos olhos.
Nesse caso, a exposição deve ser cessada imediatamente.

Cuidados em festas juninas

“Um cuidado importante é manter o uso regular das medicações inalatórias quando o paciente tem indicação, além do acompanhamento regular com o pneumologista. Pacientes portadores de asma ou DPOC devem sair portando a bombinha para uso de doses de resgate caso tenham alguma crise”, indica Juliane.

Sobre o uso de máscaras, a médica explica que elas ajudam a reduzir a exposição a agentes irritantes. Optar por locais abertos, com menor concentração de fumaça, e manter a vacinação em dia – contra influenza, pneumococo e vírus sincicial respiratório – também contribuem para a proteção contra infecções respiratórias nesse período de maior circulação viral.

Frio e umidade contribui para sintomas

Juliane explica que o clima frio e úmido dessa época também contribui para o agravamentos dos sintomas respiratórios. “Isso se deve ao fato de que o ar frio quando inalado pode levar a irritação na mucosa brônquica e das vias aéreas. A maior umidade do ar favorece a proliferação de mofo e ácaros que também são irritantes para as vias aéreas. Além de mudanças bruscas na temperatura, exposição a maior circulação de vírus em locais fechados e não ventilados”, explica.

Portal a Tarde

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