A 13ª Vara Federal de Curitiba publicou, nesta segunda-feira (27), sentença condenatória do ex-secretário geral do Partido dos Trabalhadores (PT) Silvio Pereira por corrupção passiva. Isso acontece 15 anos após ele se tornar nacionalmente conhecido por receber um automóvel Land Rover da DGK, uma fornecedora da Petrobras.
Na sentença, o juiz Luiz Bonat, responsável pelos casos envolvendo o consórcio da “lava jato”, em Curitiba, condenou o ex-secretário a quatro anos e cinco meses de prisão em regime inicialmente semiaberto.
No mesmo caso, também foram também condenados o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, e o administrador da GDK César Roberto Santos de Oliveira. O administrador da GDK José Paulo Santos Reis e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro foram absolvidos.
De acordo com o magistrado, Silvio Pereira pediu e recebeu vantagem indevida para influir a favor da fornecedora na licitação de módulo da unidade de tratamento de gás de Cacimbas, no Espírito Santo.
O juiz ainda ressaltou “o enorme potencial danoso das condutas [dos réus condenados], que visavam assegurar a contratação menos vantajosa para a Petrobras, por preço substancialmente mais elevado, com diferença entre a primeira e a segunda propostas de R$ 30.895.213,95.”
Silvio Pereira deixou o PT após a revelação do recebimento da Land Rover e chegou a ser preso em 2016, mas respondeu o processo em liberdade.