Com a morte da mulher, número de óbitos por violência na Terra Yanomami chega a 14 em uma semana. Cadáver foi avistado em sobrevoo de helicóptero da Força Nacional e agentes acionaram a Polícia Federal.
Uma mulher, identificada como Jenni Rangel, de 28 anos, foi encontrada morta com sinais de violência na Terra Yanomami neste sábado (6). Com a mulher, são 14 mortes violentas em uma semana no território – até então, haviam sido 12 garimpeiros e um indígena.
O corpo dela estava próximo a uma cratera onde oito garimpeiros foram assassinados esta semana, na região da comunidade Uxiu, área com forte presença de garimpo no território. Ela foi avistada durante sobrevoo de helicóptero da Força Nacional, que acionou a PF.
Jenni Rangel estava despida, tinha sinais de violência sexual e de enforcamento. O cadáver dela foi removido para o Instituo Médico Legal (IML) em Boa Vista pela Polícia Federal e Bombeiros.
A suspeita dos investigadores que atuam no caso é a de que ela trabalhava para garimpeiros e pode ter sido morta no mesmo ataque que resultou na morte dos oito garimpeiros encontrados na cratera.
O g1 apurou no IML que Jenni Rangel era venezuelana, casada com o garimpeiro Joel Perdomo, de 68, madrasta de Johandri Perdomo, de 24, também garimpeiro. O marido e filho também foram assassinados na Terra Yanomami e estão entre os oito mortos encontrados na cratera.
Agora, os corpos dos três passam por exames de necrópsia no IML. Familiares deles estão Instituto e esperam pela identificação oficial.
Jenni Rangel, de 28 anos, Joel Perdomo, de 68, Johandri Perdomo, de 24, morreram em região de garimpo na Terra Yanomami — Foto: Arquivo Pessoal
Por Cesar Tralli, Caíque Rodrigues e Valéria Oliveira, TV Globo e g1 RR — São Paulo e Boa Vista