Segundo a Polícia Civil, a notificação do desaparecimento só chegou à Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso em abril.
Um motoboy encontrou o corpo de uma mulher de 61 anos que estava desaparecida há cerca de sete meses em Mafra, no Norte de Santa Catarina, após tentativas de entrega de remédios. Segundo a Polícia Civil, a comunicação de desaparecimento só foi feita em abril. A vítima estava na casa dela.
De acordo com a investigação, o profissional costumava levar medicamentos para Mari Celia Wendt, como a vítima foi identificada, mas passou a notar que a moradora não o recebia mais.
O boletim de ocorrência havia sido feito apenas em 12 de abril de 2023 por uma assistente social que atendia a vítima. Foi quando as investigações começaram. Segundo o delegado Nelson Vidal, no entanto, no documento foi registrado que a pessoa estava desaparecida desde outubro de 2022.
Informações sobre as causas da morte não foram divulgadas. Vidal afirma que o óbito ocorreu meses antes da comunicação à polícia, mas a investigação ainda aguarda o resultado da perícia.
Segundo o investigador, ao receber o boletim, o Sistema Integrado de Segurança Pública também enviou comunicado à Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas, em Florianópolis.
Vidal conta que policiais chegaram a ir até a casa da vítima. No local, encontraram o portão e todas as portas e janelas fechadas. Também teriam chamado a mulher diversas vezes, sem resposta.
“[Policiais] se dirigiram à residência da pessoa desaparecida e entrevistaram vizinhos, que relataram que não a viam na casa há algumas semanas, bem como forneceram diversas informações que motivaram os policiais a prosseguir com as investigações com foco em outros locais suspeitos”, destacou, em nota, o delegado.
O investigador disse que a polícia seguiu o protocolo de inviolabilidade domiciliar, que diz que “os policiais civis não poderiam entrar na residência sem autorização por escrito de algum morador ou uma ordem judicial”. Ele destaca que, “muito provavelmente iria se representar ao judiciário pela busca e apreensão no interior da residência”.
Por Sofia Mayer, g1 SC