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Por que a festa de Corpus Christi é celebrada 60 dias após a Páscoa

Solenidade acontece sempre em uma quinta-feira, em memória à realização da última ceia de Cristo com os apóstolos

No calendário litúrgico da Igreja Católica, a solenidade de Corpus Christi faz referência à instituição da Eucaristia, que representa o corpo e sangue de Jesus Cristo na hóstia consagrada.

A data móvel apresenta variações a cada ano, mas acontece na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, celebrado uma semana após o domingo de Pentecostes pelos católicos.

A festa de Corpus Christi é celebrada sempre em uma quinta-feira, 60 dias após o domingo de Páscoa. A escolha do dia da semana faz memória à realização da última ceia de Cristo com os apóstolos, momento em que, segundo a tradição cristã, foi instituída a Eucaristia.

Definição da data

Para entender a variação do dia da festa de Corpus Christi é preciso voltar um pouco o calendário das festividades religiosas.

A Páscoa, que celebra a ressureição de Cristo, é realizada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio de primavera, no hemisfério Norte, momento do equinócio de outono, na parte Sul do globo terrestre. A definição pela data da Páscoa é fruto de uma decisão da Igreja Católica realizada durante o Concílio de Niceia, no ano de 325.

O equinócio é o fenômeno astronômico que ocorre no dia em que a incidência solar sobre a Terra é exatamente a mesma sobre os hemisférios Norte e Sul. Nessa ocasião, o dia e a noite contam com a mesma quantidade de horas. O equinócio acontece duas vezes ao ano, marcando o início das estações de outono, em março no Sul e setembro no Norte, e da primavera, em março no Norte, e em setembro no Sul.

 

Importância da Eucaristia

Para os cristãos católicos, receber a hóstia consagrada é o ato de vínculo mais íntimo entre os fieis e Cristo. A comunhão, que acontece em missas ou celebrações, é um dos momentos mais importantes da liturgia, que inclui oração e reflexão.

“O augustíssimo Sacramento é a santíssima Eucaristia, na qual o próprio Senhor Jesus Cristo se contém, se oferece e se recebe, e pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua através dos séculos o Sacrifício da Cruz, é a culminância e a fonte de todo o culto e da vida cristã, pelo qual se significa e se realiza a unidade do povo de Deus e se completa a edificação do Corpo de Cristo”, diz trecho do Código de Direito Canônico da Igreja Católica.

Na celebração de Corpus Christi, os cristãos relembram o momento em que Cristo partilhou o pão e o vinho com os discípulos na última ceia.

“Esse tesouro de valor incalculável, a Santíssima Eucaristia, foi instituído por Jesus na última ceia, na quinta-feira santa. Mas, então, na semana santa, a Igreja estava ocupada com as dores da Paixão de Cristo. Por isso, na primeira quinta-feira livre depois do tempo pascal, ou seja, amanhã, a Igreja festeja com toda a solenidade Jesus Cristo, vivo e ressuscitado, presente sob as espécies de pão e vinho, na Hóstia Consagrada”, explica dom Fernando Arêas Rifan, bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.

(Com informações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

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