Estado é o que concentra maior número de pessoas pretas do Brasil, segundo IBGE.
O número da população que se autodeclara preta subiu mais de 40% na Bahia entre 2012 e 2022, conforme foi apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado é o que concentra o maior número de pessoas pretas no Brasil.
Os dados são da divisão de Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto.
Pesquisa do IBGE levou em conta dados de 2012 a 2022 — Foto: IBGE
De acordo com a pesquisa, 3.588.000 pessoas se autodeclararam pretas em 2022, o que consiste em 23,9% da população atual (cerca de 15 milhões de habitantes). Em 2012, o número era 2.505.000, que correspondia a 17,4% da população da época (pouco mais de 14,4 milhões de habitantes).
Enquanto o número de pessoas autodeclaradas pretas aumentou, o da população parda diminuiu: enquanto em 2012 eles eram 62,3% dos baianos, em 2022 o número foi de 56,9%.
No mesmo padrão dos pardos, a prcentagem de autodeclarados brancos também diminuiu em quase 2%. O número foi de 19,7% da população em 2012 para 17,9% em 2022.
Números no Brasil
Com mais de 3,5 milhões de autodeclarados, a Bahia é o estado com a maior população negra do país. Logo em seguida vem o Rio de Janeiro, com aproximadamente 2,9 milhões.
No país, a parcela da população que se declara preta deu um salto em 10 anos. Em 2022, 10,6% dos brasileiros se declararam pretos, contra apenas 7,4% em 2012. Foi o maior aumento entre os grupos raciais brasileiros.
O aumento no número de pessoas que se declara preta aconteceu em todas as grandes regiões do país, com destaque para o Nordeste — por lá, essa alta foi de 8,7% para 13,4% no período. Em seguida vem a região Sudeste, com 11,2% da população residente de cor preta no ano passado, contra 8,2% em 2012.
O grupo de pessoas que se declaram pardas é o maior do país, com 45,3% das respostas em 2022. No mesmo intervalo de 10 anos, o grupo variou pouco: eram 45,6% naquele ano.
Por g1 BA