O Banco Central informou nesta segunda-feira (14) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma alta de 0,43% no segundo trimestre deste ano.
O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os três últimos meses de 2022.
- O dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra desaceleração da economia brasileira. Isso porque, no primeiro trimestre de 2023, o IBC-BR teve expansão de 2,21%.
- O crescimento do IBC-Br no 1º trimestre 2023 foi o pior resultado desde o quarto trimestre de 2022, quando houve uma retração de 1,49%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 1º de setembro.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social.
- Na semana passada, o mercado financeiro estimou que o PIB de 2023 terá crescimento de 2,29%
- Em julho, o governo federal elevou sua estimativa oficial de alta do PIB para 2,5% em 2023
- No mês retrasado, o Banco Central projetou uma taxa de expansão do PIB de 2% neste ano
Mês de junho
De acordo com o Banco Central, em junho deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou um crescimento de 0,63%. Com isso, houve uma melhora na comparação com maio, quando o indicador teve retração de 2,05%.
Ainda segundo o BC, o IBC-Br apresentou crescimento de 3,42% na comparação com os seis primeiros meses de 2022. E, em doze meses até junho, a expansão foi de 3,35%. Nesses casos, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.
PIB X IBC-Br
Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE.
O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária, o que poderia contribuir para o relaxamento dos juros.
Atualmente, a taxa de juros básica está em 13,25% ao ano, após o BC realizar, no começo de agosto, o primeiro corte em três anos.
A instituição também indicou, em documentos oficiais, que seguirá cortando os juros em 0,5 ponto percentual nos próximos encontros do Copom. O mercado financeiro estima que a taxa Selic terminará este ano em 11,75% ao ano e 2024 em 9% ao ano.
g1