Nesta sexta-feira (12), conflito no Oriente Médio, que já deixou mais de 2 mil mortos, chegou ao 6° dia.
A terapeuta baiana Cláudia Scheffler relatou que ficou desesperada quando uma sirene de evacuação tocou em um supermercado de Israel, quando ela tentava comprar comida com o marido. Nesta sexta-feira (12), o conflito no Oriente Médio, que já deixou mais de 2 mil mortos, chegou ao sexto dia.
“O alarme soou lá e foi desesperador, porque não entendo hebraico, só um pouco de inglês. Eles não falam inglês na condução do alarme, falam no idioma local”, disse a baiana, que passa férias no país.
Nascida em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, Cláudia Scheffler contou que por não entender o anúncio, correu na mesma direção que as outras pessoas.
“Só fiz correr. Tiveram muitas pessoas que foram amáveis, perceberam que estávamos perdidos, explicaram o que estava acontecendo e nos levaram para um lugar seguro”, relatou a baiana.
“Independentemente de não conhecer, todos se unem e isso acho muito bonito. Todos se preocupam com a vida, não importa de onde seja”.
Essa é a 5° vez que Cláudia Scheffler está em Israel, mas foi a primeira vez que passou por uma situação como essa. A baiana espera conseguir sair do país, mas já comprou dois voos, que foram cancelados.
Claudia Scheffler morou quase 26 anos na Suíça e agora vive há sete anos com a família na Espanha. A terapeuta e o marido foram para Israel no dia 28 de setembro, para aproveitar, pela 2ª vez, a Festa das Cabanas (Sukkot).
“Aqui [no hotel] soou o alarme três ou quatro vezes, mas isso não é nada em comparação a outros lugares como Jerusalém e a parte da fronteira de Gaza. Tenho amigos lá, a situação é mais tensa e muitos estão querendo ir embora”, disse.
“Eu infelizmente não entrei nessa lista, já estava lotado. Já mandei mensagem, mas até agora não me chamaram, não entraram em contato”, relatou a baiana.
Após ter tido dois voos comerciais cancelados, ela tem a expectativa de ser resgatada pelas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).
“Meu plano B é voltar com os aviões do Brasil ou com qualquer companhia que venha retirar. Que eu possa entrar em algum deles, está realmente preocupante. Nós não sabemos quando essa guerra pode chegar aqui”.
Enquanto aguardam o momento que vão deixar o país, a terapeuta e o marido esperam no dentro de um hotel, com bankers.
“Cada andar tem um abrigo e funcionários que ajudam a fechar. Graças a Deus está tudo muito seguro”, afirmou.
- Em uma guerra inesperada, Israel e o Hamas estão em conflito sem precedentes desde sábado (7), quando o grupo terrorista, que governa a Faixa de Gaza, invadiu Israel, matando e sequestrando civis;
- Na terça (10), o Exército israelense mantém fortes bombardeios em Gaza. O governo local fala de prédios e casa destruídos e centenas de mortos;
- Ao todo, 2.100 pessoas morreram, segundo os dois lados. Dois brasileiros estão entre as vítimas: Bruna Valeanu e Ranani Glazer;
- Em paralelo, Tel Aviv disse ainda ter encontrado outros 1.500 corpos de integrantes do Hamas em território israelense.
g1