História por trás dessa data, que faz o ano ter 366 dias, envolve Júlio César e Papa Gregório XIII
O dia de hoje, 29 de fevereiro, acontece a cada quatro anos. Ele é a marca de um ano bissexto, ou seja, um período com 366 dias oficiais, não 365. Entenda abaixo a origem dessa data.
O que é o ano bissexto?
Na prática, o ano bissexto faz o calendário “pular” um dia. Assim, datas que caíram na quarta-feira durante 2023 e que iriam para a quinta, passam direto para a sexta em 2024. Não à toa, este ano tem sido bem mais econômico em relação a feriados prolongados.
Origem do ano bissexto
O ideia de implementação dos anos bissextos é o Papa Gregório XIII. Ele foi o responsável por estipular o calendário que usamos hoje, conhecido como “gregoriano”, que estabelece que um dia equivale a uma rotação completa da Terra em torno de seu eixo, enquanto um ano corresponde a uma órbita completa ao redor do Sol. No entanto, o planeta Terra requer um pouco mais de tempo do que um ano solar para completar sua jornada: são 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.
Há mais de dois milênios, os egípcios de Alexandria apresentaram a solução para essa discrepância. O excedente de tempo é acumulado ao longo de quatro anos, resultando no ano bissexto. Isso é essencial para evitar um descompasso entre o “ano civil”, composto por 365 dias, e o ano solar, que corresponde ao ciclo de translação da Terra ao redor do Sol
Mas por que em fevereiro?
O problema do dia a mais ser em fevereiro tem outro culpado: Júlio César, o imperador romano. Foi ele que, em 46 a.C., reformulou a contagem do tempo e instituiu o calendário juliano. Nele, o último mês era fevereiro, mas o “bônus” do dia a mais não era adicionado depois do último dia do ano, e sim no sexto dia antes do mês de março, que era contado duas vezes. Por isso, “bissexto”.trário, após 372 anos, ocorreria um atraso de três meses.