“É exaustivo e desanimador acordar cedo todos os dias, trabalhar duro, alcançar as metas, e ainda assim, nosso salário não chega na data prevista”, relatou uma enfermeira da unidade de saúde.
Enfermeiros do Hospital Regional de Itaberaba voltaram a criticar a direção da unidade de saúde devido a recentes atrasos salariais. Em contato com o Jornal da Chapada, uma enfermeira que optou pelo anonimato descreveu a situação como alarmante, destacando que os atrasos estão afetando seu orçamento familiar e dificultando o pagamento das contas essenciais.
Diante da falta de respostas por parte da direção do hospital, a enfermeira expressou sua indignação, enfatizando que a situação está se tornando cada vez mais insustentável a cada mês.
“Até hoje, ninguém recebeu os valores retroativos e não há nenhuma explicação. Estou revoltada, tenho família para sustentar, contas de aluguel para pagar, e ainda não recebi meu salário. Estamos cansados de passar por tanta humilhação”, lamentou a profissional.
“É exaustivo e desanimador acordar cedo todos os dias, trabalhar duro, alcançar as metas, e ainda assim, nosso salário não chega na data prevista. Estamos nos esforçando tanto, e não receber nosso pagamento em dia é realmente frustrante”, pontuou a profissional.
A enfermeira ainda revelou que, em razão dos frequentes atrasos salariais, muitos profissionais da saúde têm solicitado demissão do hospital. “Tenho visto muitos colegas pedindo demissão porque não suportam mais se dedicar tanto ao cumprimento de suas responsabilidades e não serem valorizados”, salientou.
Desde o final do ano passado (2023), o Jornal da Chapada vem publicando uma série de matérias denunciando os atrasos salariais no Hospital Regional de Itaberaba. De acordo com relatos dos profissionais da saúde, após a repercussão das matérias, a direção da unidade realizou os pagamentos. No entanto, nos últimos meses, os trabalhadores voltaram a relatar atrasos nas remunerações.
Gerido pelo governo do estado, o Hospital Regional Piemonte do Paraguaçu foi inaugurado no ano passado após mais de 15 anos fechado. O investimento total foi de aproximadamente R$ 30 milhões, incluindo obras e aquisição de equipamentos de última geração, como um tomógrafo de 16 canais, dois aparelhos de Raio-X, sistema de captura e digitalização de imagens, além de dois aparelhos de ultrassonografia.
Jornal da Chapada