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Vinícolas da Chapada e do Vale do São Francisco investem no enoturismo

As parreiras no Vale do São Francisco e da Chapada Diamantina revelam um novo polo turístico da Bahia a partir de uma rede de enoturismo que vem sendo construída. Além disso, as regiões têm sido vistas como uma oportunidade de negócios para uma cadeia produtiva. O segmento atrai um público exigente e apreciador de sabores e aromas dos vinhos e das tradições culturais da terra onde a bebida é produzida. Vinícolas locais já investiram R$ 60,3 milhões no setor, como é o caso da Terranova, do Grupo Miolo, localizada em Casa Nova, responsável pela produção nacional de 80% dos espumantes da marca. Outro destaque é o projeto Pivot 30, da Fazenda Progresso, em Mucugê, com previsão de operação plena em 2021.

Entre os roteiros do enoturismo para os amante da bebida, destaque para o Vapor do Vinho, no Vale do São Francisco, realizado em parceria com a Vinícola Terranova. Segundo o empresário Luiz Rogério Rocha, operador do passeio, a cooperação foi iniciada em 2011, quando a vinícola abriu o empreendimento para visitação e uma loja de varejo dentro da unidade, seguindo uma tendência mundial. “Eu já realizava roteiros no São Francisco mas, com a parceria, a demanda aumentou muito. Começamos atendendo uma média de 40 pessoas aos sábados e, atualmente, são, aproximadamente, 500 passageiros por final de semana”, conta. No passeio, complementa, estão incluídos a navegação no Lago de Sobradinho com música ao vivo; almoço a bordo; banho na ilha da Fantasia; e visita a vinícola Miolo, com degustação de vinho, brandy e espumante.

O gerente regional da Vinícola Terranova, Adauto Quirino Jr, ressalta que a intenção é transformar o empreendimento em uma referência turística da região e a perspectiva é fechar 2018 com, aproximadamente, 50 mil visitantes, 20% a mais que o ano passado. “O Vapor do Vinho é uma forma de dar visibilidade à nossa marca. A vinícola precisa do barco e o barco precisa da vinícola. Quando a parceria começou era uma embarcação pequena, hoje ela está maior e preparada para atender a um público mais exigente. Apostamos muito na divulgação: o Grupo Miolo investe uma média de R$ 300 a R$ 400 mil por ano em divulgação e marketing na Vinícola Terranova, que abre todos os dias”, relata.

A secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Luiza Maia, falou sobre a importância da vinícola, que possui 200 hectares plantados e irrigação por sistema de gotejamento, graças às águas do Velho Chico, o que proporciona à Miolo duas colheitas anuais, produzindo quatro milhões de litros, por ano, sendo dois milhões de litros para espumantes e vinhos e dois milhões para destilar. “A Terranova é um excelente exemplo de negócio que contribui para agregar valor à região onde está localizada. O empreendimento atrai turistas, gera empregos diretos e indiretos, fomenta a economia local e alavanca os investimentos dos pequenos negócios, como a rede hoteleira de Juazeiro, que hoje conta com cerca de dois mil leitos”.

Já o projeto Pivot 30, da Fazenda Progresso, em Mucugê, contará com um complexo que vai integrar o turismo à produção de vinhos, espumantes, geleias e sucos, oferecendo visita guiada, hotel e restaurante, com um investimento previsto de R$ 50 milhões. De acordo com o produtor e administrador da Fazenda Progresso, Fabiano Borré, o trabalho na vinícola já foi iniciado. “Além das obras civis, estamos investindo em estudos para o desenvolvimento da marca, já que Pivot 30 foi um nome dado provisoriamente, no início do projeto. O projeto abrange linha de produtos, rótulo, forma de apresentação ao mercado, plataformas que serão usadas para comercialização, divulgação e conceito de comunicação visual”, afirma.

A Tarde.

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