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Em ano atípico, presente de Iemanjá é entregue sem tradicional multidão

Desde a madrugada, pescadores e fiéis começaram a se reunir nas mediações da casa de Iemanjá para preparar as oferendas, presentes, rosas e barcos para levar para o alto mar nesta terça-feira (02).

Às 6h, algumas pessoas já esperavam na orla a chegada da imagem da divindade, protetora dos pescadores que estava saindo do Dique do Tororó. Às 7h30, ela chegou no bairro, rodeada de fiéis, além dos babalorixas que jogavam pipoca para os seguidores, com cânticos e saudando a todos, odoya.

Logo depois, desceu as escadas abençoadas, parou na areia para abençoar a todos que pediam mais paz e seguiu para o barco Rio Vermelho, sendo levada pelos pescadores, sumindo pelo horizonte das águas agitadas neste dia chuvoso.

Pelo bairro, de criança até idoso, todos com máscaras, o único pedido era o fim do coronavírus que, até está terça, já passou de 225 mil mortes. No barco onde a imagem da Santa foi colocada, uma bandeira preta evidenciava a quantidade de pessoas que faleceram desde o início da pandemia, em março de 2020.

Ao contrário do que os baianos estão acostumados, com todos os anos o bairro cheio, em 2021, além da chuva, o local está vazio, com aparência triste e com boa parte da população respeitando o distanciamento social. Na areia, apenas a imprensa, pescadores e líderes religiosos puderam acompanhar Iemanjá, enquanto o restante dos fiéis ficou na balaustrada observando a ida do orixá embaixo de chuva.

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