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Fila de satélites é vista no céu do sul da Bahia e moradores confundem com alinhamento de estrelas

Uma fila com pontos luminosos foi vista no céu em cidades no sul da Bahia, na noite de quarta-feira (10), e chamou a atenção de moradores, que confundiram o fenômeno com um alinhamento de estrelas. Um morador da região postou: “Do nada, as estrelas saem em fila”.

As luzes, contudo, eram na verdade satélites da empresa Space X, lançados ao espaço com o objetivo de fornecer rede de internet. É o que explica o presidente da Associação Paraibana de Astronomia, Marcelo Zurita.

Segundo ele, foram lançados cerca de 60 satélites no dia 4 de fevereiro, bem próximos uns dos outros. Por isso a aparência de ser uma “fila de estrelas” vistas a olho nu.

“A empresa Space X está lançando uma série de satélites, que a gente chama de constelação de satélites. Essa constelação é chamada de starlink e deve possuir pelo menos 12 mil satélites até o final da implantação”, disse o pesquisador.

De acordo com Zurita, o fenômeno pôde ser visto pelos moradores, porque os satélites são colocados em uma órbita baixa no momento do lançamento. Quando vão se distanciando da Terra, a visualização fica mais difícil.

“Quando esses satélites são lançados, são colocados em órbita baixa, em torno de 250 a 300 km de altitude, e estão muito próximos um dos outros. À medida em que eles são reposicionados na órbita da Terra, vão se separando e ganhando altitude, e ficam mais difícil de serem vistos. Esses que vocês viram aí na Bahia, ontem, são os satélites do 17º lançamento da Space X”, comentou.

O astrônomo também comentou como o material é lançado e explicou que o foguete leva 60 satélites, liberando um a um, e por isso é visível esse alinhamento visto da terra.

“Ele é bem fininho, tem cerca de um metro de largura e vai todo dobradinho. Quando é colocado em órbita, o foguete que vem levando esses 60 satélites vai liberando um a um, e eles vão ficando nesse alinhamento. Depois que estão em órbita, eles se desdobram, ganham um painel solar e uma antena de transmissão, que acabam dando a eles um tamanho bem maior”, explicou Zurita, dizendo que o foguete chega ultrapassa os 600 km de altitude.

“A medida em que eles são reposicionados, o satélite vai acelerando mais, ganha distância do satélite que vem depois e faz também ele ganhar altitude. A altitude final de operação deles é acima de 600 km, então a luminosidade dele vai ficando bem menor, mas ainda assim é possível ver muitos desses satélites cruzando o céu, de noite”.

 

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