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Sobe para 22 os mortos em naufrágio de lancha no Pará

As buscas por desaparecidos no naufrágio de uma lancha no Pará foram retomadas às 5h deste domingo (11), e mais dois corpos foram encontrados pelas equipes de busca e salvamento logo pela manhã, informou a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup-PA). Subiu para 22 o número de mortos na tragédia.

Nas primeiras horas do dia, o corpo de uma mulher foi avistado em sobrevoo de helicóptero pela região do naufrágio. Pouco depois, outro corpo, cujo sexo não foi confirmado, foi retirado de dentro da própria embarcação que afundou.

Ao todo foram contabilizadas as mortes de 13 mulheres, cinco homens, três crianças e uma pessoa ainda sem identificação. Do total, 15 corpos foram transladados para Marajó e cinco entregues a familiares em Belém.

Sobreviveram ao naufrágio 65 pessoas. Todas foram resgatadas ainda nas primeiras horas após a embarcação ir à pique. Segundo o governo do Pará, elas receberam atendimento psicossocial e prestaram depoimento às autoridades.

O naufrágio ocorreu próxima à Ilha de Cotijuba, em Belém, na manhã de quinta-feira (8). As autoridades ainda não sabem quantas pessoas havia na lancha que afundou, pois a embarcação fazia transporte intermunicipal irregular de passageiros e não tinha lista de pessoas embarcadas. O barco partiu de um porto clandestino em Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, com destino a Belém, informou o governo estadual.

A operação de busca e resgate conta com nove embarcações das forças de segurança estaduais, um helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará, bem como dois barcos e uma aeronave da Marinha. De acordo com o mais recente comunicado da Segup-PA, as buscas seguem “até que todos os procurados por familiares sejam localizados”.

O governo orienta os familiares de desaparecidos após o naufrágio que procurem o Grupamento Fluvial, no centro de Belém, “onde serão atendidos por uma equipe multidisciplinar para oferecimento de informações, serviços essenciais, assistência psicossocial ou qualquer outra necessidade urgente”, disse a Segup-PA em nota. Pertences das vítimas também se encontram no local.

O governo disponibilizou também o telefone celular 91 988996323, da Defesa Civil estadual, para o fornecimento de informações.

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o naufrágio. Os responsáveis pela lancha Dona Lourdes II ainda não foram localizados para prestar esclarecimentos.

 

Fonte: Agência Brasil | Edição: Fernando Fraga

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Governo permite que emendas financiem imóveis do Casa Verde e Amarela

O governo passou a permitir que emendas parlamentares sejam usadas para reduzir o valor da entrada paga por pessoas de baixa renda nos financiamentos do Casa Verde e Amarela. Emendas são os instrumentos usados por deputados e senadores para enviar recursos federais para obras e projetos em suas bases eleitorais. Com isso, eles conseguem ampliar o capital político.

O mecanismo para que emendas sirvam para baratear os financiamentos no programa habitacional foi criado por meio de uma portaria do Ministério do Desenvolvimento Regional, publicada nesta quinta-feira (8), e noticiada pelo jornal O Globo. O benefício poderá ser concedido às faixas do programa que atendem famílias de mais baixa renda. É o caso dos grupos 1 e 2 do Casa Verde e Amarela, que compreendem o público com renda familiar mensal bruta de até R$ 4.400.

O uso de emendas no Casa Verde e Amarela ainda depende de regulamentação da Caixa Econômica Federal e das prefeituras. Mas o ato do Ministério do Desenvolvimento Regional já representa um avanço dessa modalidade de financiamento do programa habitacional. No ano passado, havia R$ 27 milhões em emendas para projetos de habitações populares, mas esse recurso não foi liberado.

Agora, o governo diz que já há R$ 9,16 milhões, indicados pelos parlamentares do Amapá, em estágio avançado para serem usados no estado. Pelas regras estabelecidas, somente será possível destinar emendas individuais e de bancada para o programa habitacional.

Hoje existem quatro tipos de emendas: as individuais (que todo deputado e senador têm direito), as de bancada (parlamentares de cada estado definem prioridades para a região), as de comissão (definida por integrantes dos colegiados do Congresso) e as do relator (que são distribuídas por critérios políticos e permitem que congressistas mais influentes possam abastecer seus redutos eleitorais).

Portanto, o mecanismo para impulsionar o programa habitacional não pode ser usado pelas emendas de relator, que atualmente representam R$ 16,5 bilhões –quase o mesmo valor das emendas individuais e de bancadas, juntas. O programa Casa Verde Amarela foi lançado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2020 para substituir o Minha Casa, Minha Vida –marca associada aos governos petistas. O objetivo é ampliar o acesso da população mais pobre à casa própria.

Seu orçamento neste ano foi de R$ 1,2 bilhão –o menor da história. De 2009 a 2018, a média destinada ao antecessor do programa habitacional (o Minha Casa, Minha Vida) se aproximava de R$ 12 bilhões por ano. Com as novas regras para uso de emendas parlamentares no financiamento de casas populares, o governo espera ampliar a verba para o programa e, assim, o acesso da população à iniciativa habitacional.

Os deputados e senadores que patrocinarem a emenda poderão escolher os municípios destinatários do dinheiro, que irá abater parte do valor da entrada do financiamento da população local. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, as prefeituras serão as responsáveis pelos critérios de escolha das famílias beneficiadas pelo desconto no valor da entrada.

Caberá à prefeitura também indicar para qual empreendimento os recursos serão enviados. Há um prazo de dois anos para que o dinheiro seja usado. Após esse prazo, o valor que sobrar será devolvido ao Tesouro Nacional. Os juros no caso de crédito imobiliário pelo programa e com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) variam de acordo com a faixa de renda e a localização do imóvel.

As parcelas pagas pelas famílias têm um desconto como subsídio do FGTS. Pelas regras do novo mecanismo, uma família poderá ser beneficiada pela redução no valor da entrada (com recursos das emendas) e também manter o desconto via FGTS. Com isso, segundo o ministério, as condições de financiamento no programa Casa Verde e Amarela ficam “significativamente facilitadas”.

 

Fontes: Thiago Resende / Folhapress e Politica Livre 

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