O jornalista Marcelo Castro será indiciado por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, conforme anunciou nesta terça-feira (20/06) o delegado Charles Leão, responsável pelo inquérito que apura o escândalo conhecido como Pix da Record. O esquema teria desviado cerca de R$800 mil.
Além de Castro, outro jornalista e um amigo de infância deles foram indiciados. As informações prestadas pelos profissionais de comunicação não tiveram provas documentais. Dessa forma, o delegado acredita na versão das vítimas.
Ao todo, foram ouvidas 61 pessoas. Cada depoimento levou, em média, 1 hora. Como destacou o delegado, não houve interferência por parte dos profissionais durante as investigações.
O caso:
Os jornalistas da Record Bahia estavam sendo investigados por suspeita de desvio de doações via Pix feito por telespectadores, que seriam encaminhadas para pessoas em necessidade financeira. O montante seria de R$800 mil.
Segundo uma fonte do IB, o caso veio à tona quando o apresentador José Eduardo pediu para a equipe de produção viabilizar a finalização de uma reportagem sobre uma mulher que precisava de ajuda para o filho que sofria de câncer e os remédios custavam mais de R$300 mil.
Ele acreditava que a personagem havia recebido uma ajuda significativa, fruto de doações de telespectadores. Até um jogador de futebol, que teve atuação no Bahia, ficou sensibilizado com a reportagem no programa Balanço Geral e fez a doação.
No entanto, a mulher disse que só havia recebido a quantia doada pelo atleta e não recebeu os valores doados pelo público em geral, o que despertou desconfianças, além de uma investigação interna, que foi instituída pela emissora. O menino não resistiu.
