Aproximadamente 3,8 milhões de lares podem passar a integrar as classes D e E devido à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo um estudo realizado pela consultoria Tendências, cerca de 15 milhões de brasileiros – equivalente à população da Bahia – passarão a ter uma renda domiciliar inferior a R$ 2,5 mil.
De acordo com informações do G1, antes mesmo da pandemia, a consultoria já previa uma piora da condição social, devido ao cenário de baixo crescimento econômico. No entanto, o número seria bem menor, com 600 mil domicílios indo para as classes D e E. Só a crise sanitária terá enviado mais 3,2 milhões de famílias para a base da pirâmide social.
Um dos fatores determinantes para a condição socioeconômica, o desemprego registrou alta de 20,9%, alcançando 12,2 milhões de brasileiros, entre maio e julho. Só neste segundo trimestre, o número foi de 8,9 milhões, sendo 6 milhões deles informais.
Ainda de acordo com a publicação, a Tendências estimou que a massa de renda das classes D e E suba 6,8% este ano, mas que será devido ao efeito pontual do Auxílio Emergencial. Sem o benefício, o quadro seria ainda pior.
Está previsto para os próximos dias, o anúncio de um pacote econômico que inclui a prorrogação do auxílio e a criação do programa Renda Brasil, benefício que deve juntar outras iniciativas de transferência de renda.