A decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impediu o uso de imagens dos atos oficiais de 7 de Setembro na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro irritou o candidato do PL à reeleição. Segundo assessores presidenciais, a expectativa é que a decisão seja revertida no plenário na terça-feira (13).
Na avaliação da equipe de Bolsonaro, a determinação para retirada das imagens foi um “absurdo”. A campanha do candidato do PL entende que a decisão também impede o uso das imagens dos atos de campanha de Bolsonaro no dia 7 de Setembro em Brasília e no Rio de Janeiro.
Um assessor afirmou ao blog que, ali, não era o presidente, mas o candidato que estava discursando. E fora do palco do desfile oficial do 7 de Setembro. A avaliação é que o plenário do TSE vai “modular” a decisão, permitindo o uso de algumas imagens e proibindo as de eventos oficiais.
“A expectativa é que, em meio ao julgamento do referendo da liminar em plenário, a Corte [do TSE] deixe bem claro que as imagens insuscetíveis de reprodução nas peças de publicidade eleitoral sejam apenas as alusivas à primeira etapa do evento de 7 de setembro, enquanto Bolsonaro desempenhou a função de presidente da República”, afirmou um integrante da campanha de Bolsonaro.
“Assim, imagens captadas na segunda etapa da jornada, ou seja, logo após o encerramento do desfile, estariam liberadas para uso eleitoral”, acrescentou esse assessor.
A decisão foi tomada pelo corregedor eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, no fim de semana. A coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PDT e a candidata Soraya Thronicke (União Brasil) apresentaram ações contra Bolsonaro em razão dos atos no Bicentenário da Independência.