Aselmo José da Silva, de 55 anos, foi preso nesta segunda-feira (17) após ser reconhecido por duas vítimas. Ele vai responder por estupro e pode pegar até 15 anos de prisão.
O guarda municipal preso por estupro nesta segunda-feira (17) pregava honestidade e solidariedade nas redes sociais. Ele compartilhava registros da rotina no trabalho.
As imagens quase sempre vinham acompanhadas de legendas com frases como essa: “seja honesto, solidário, uma pessoa do bem, pois a mudança começa em você.”
Para uma das vítimas, era tudo um “disfarce”.
“Nas próprias redes sociais dele, ele põe muita legenda elogiando, enaltecendo mulheres e tudo não passa de um disfarce, né? É bem nojento justamente por ele ser uma pessoa que era pra proteger outras pessoas. Fazer isso é meio que inacreditável.”
Aselmo José da Silva, de 55 anos, foi preso nessa manhã, suspeito de estuprar duas mulheres em menos de um mês, na mesma rua em que ele mora desde a infância, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele nega os crimes.
Ao RJ2, a vítima contou que há três anos deixou o Rio Grande do Norte e realizou o sonho de vir morar no Rio de Janeiro.
“É como se ele tivesse destruído um pedaço do meu sonho, que era estar aqui, e que eu idealizava. Agora, o meu sonho tem um pedaço de pesadelo.”
A jovem contou que voltava do trabalho no dia 14 de março, quando foi abordada no portão de casa, por volta de 1h, ao sair de um carro de aplicativo. Aselmo estava com um revólver e levou a mulher para um imóvel abandonado. A ação durou cerca de 50 minutos.
“Ele me machucou com o revólver no pescoço e na barriga porque, na hora, como eu achei que era um assalto, eu tentei reagir”, disse.
Segundo a polícia, o guarda municipal agia com o rosto coberto e luvas, para não ser reconhecido. Antes de abordar a vítima, ele chegou a quebrar a câmera de segurança de uma casa.
A vítima prestou queixa na Delegacia da Mulher de São João de Meriti e passou todos as características físicas do criminoso. O relato coincidiu com o de outra mulher, vítima de um estupro no dia 18 de fevereiro.
Neste dia, Aselmo teria visto um casal dentro de um carro, também na rua em que mora. Os investigadores dizem que Aselmo rendeu o motorista e o prendeu no porta-malas enquanto estuprava a mulher, sob a mira de um revólver.