Com instalação prevista para esta terça-feira (27), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado tem, entre os 11 integrantes titulares, políticos experientes, ex-governadores, nomes fortes do Centrão e até um ex-ministro da Saúde.
A comissão tem o objetivo de investigar ações e omissões do governo federal na pandemia. A base aliada de Jair Bolsonaro terá minoria entre os titulares. Os 11 membros do colegiado podem ser divididos em:
- dois oposicionistas declarados;
- três independentes próximos à oposição;
- dois nomes considerados independentes;
- dois independentes próximos ao governo; e
- dois governistas declarados.
Entre os ex-governadores está Omar Aziz (PSD-AM), que governou o Amazonas, de 2010 a 2014. Ele é o favorito para presidir a CPI, conforme acordo da maioria dos integrantes do colegiado.
Segundo o entendimento, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição, deve assumir a vice-presidência da comissão. Se confirmado presidente, Aziz deve indicar o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL) como relator.
O Palácio do Planalto e seus aliados, no entanto, tentam impedir que Renan, visto como oposicionista, assuma a relatoria (leia mais abaixo sobre o perfil de Renan). Um juiz chegou a conceder liminar (decisão provisória) para barrar sua indicação.
Mesmo após a decisão, Aziz afirmou que, se for eleito presidente, manterá a indicação de Renan. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), diz que foi notificado da decisão judicial, mas afirmou que seria “antirregimental” da parte dele interferir no processo da CPI.
G1.com.br