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Rebeca Andrade dá show e conquista inédita prata na ginástica artística em Tóquio

A ginasta brasilera Rebeca Andrade fez história e conquistou a medalha de prata na ginástica artística. Com direito a “Baile de Favela” na última apresentação, a jovem de Guarulhos conseguiu se destacar nos quatro aparelhos da final individual geral.

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Com a conquista, Rebeca Andrade, de 22 anos, conseguiu a primeira medalha olímpica do Brasil na ginástica feminina. A medalha de ouro ficou coma americana Sunisa Lee e a de bronze com a russa Vladislava Urazova.

Numa final marcada pela ausência da estrela americana Simone Biles, a brasileira obteve notas de 15.300 no salto, 14.666 nas barras assimétricas, 13.666 na trave e 13.666 no solo.

A ginasta, de Guarulhos (São Paulo), superou lesões graves no joelho e cirurgias para conseguir a classificação a Tóquio-2020 e chegar ao maior momento de sua carreira nos Jogos Olímpicos.

Sob o olhar de Biles 

A brasileira, com o traje azul e amarelo, iniciou suas apresentações no salto, com Biles como espectadora nas arquibancadas. Ela recebeu nota 15.300 e assumiu a liderança entre as 24 finalistas após a primeira rotação.

A segunda exibição aconteceu nas barras assimétricas. Com uma apresentação segura e um sorriso no rosto, ela recebeu a pontuação de 14.666, suficiente para permanecer na liderança, seguida de perto por Sunisa Lee.

Na trave, terceiro aparelho, Rebeca recebeu a nota 13.366 e caiu para o terceiro lugar, mas a comissão técnica brasileira apresentou um recurso e a pontuação subiu para 13.566, o que deixou a brasileira no segundo lugar.

E então chegou o momento do “Baile de Favela” em Tóquio. Ao som da música, ela recebeu nota 13.666 – após duas pequenas saídas do tablado – e garantiu a prata.

A brasileira também falou sobre a situação de Biles, que desistiu da final do individual geral por questões de saúde mental.

“Eu acho que o fato de ela ter saído não foi nada negativo. As pessoas têm que entender que o atleta não é um robô. Ele é um humano. Então a decisão que ela tomou foi a coisa mais sábia que ela pôde fazer por ela, não foi nem pelos outros. Porque não se brinca com a cabeça. Eu trabalho muito com a minha psicóloga por causa disso. Hoje eu sou uma atleta diferente justamente pela cabeça que eu tenho. Em 2016, quando eu era muito nova, muito crua, isso não teria acontecido. Eu acho que foi o momento, eu precisei passar pelo processo”.

A ginasta ainda competirá em duas finais em Tóquio: salto, no domingo, e solo, na segunda-feira.

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